segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Microfonando seu Saxofone

* Escolha do microfone - o primeiro passo é saber qual o microfone mais adequado.  Normalmente, apesar do alto SPL gerado por esses instumentos, os mics a condensador (AKG C414, por exemplo) sao preferidos, por sua maior fidelidade. Como geralmente num home studio não temos muita escolha, faca experiencias com os que tiver disponiveis - ponha um em cada canal da mesa e vá selecionando alternadamente cada mic, e verificando os resultados. Bons mics dinamicos tambem podem ser usados, como o Shure SM57 Senheiser MD421.

* O posicionamento - ao contrario do que muita gente pensa, o sax não emite som apenas pela campana (boca), mas também por todas as chaves abertas. Daí seu padrão de emissão variar o tempo todo. Quando reproduz notas graves, maior parte do som sai pela campana, pis nessa situação, quase todas as chaves estão fechadas. As notas mais agudas emanam da região do bocal

Procure colocar o microfone apontando para o meio do instrumento, e entre 50 cm e um metro de distancia.

Em shows ao vivo, porém, não podemos fazer isso, seria microfonia certa. Prefira, então, um mic dinâmico próximo à boca.


Voltando ao estúdio: voce pode tentar usar dois mics iguais, um embaixo (apontando para a boca) e outro mais em cima, na altura da cabeca do musico, apontando para baixo. Vá variando o equilibrio entre eles até encontrar o ponto certo.

Se sua sala tiver um tamanho adequado e boa acustica - raros num home estúdio - pode experimentar dois mics com o seguinte arranjo: um proximo (como no primeiro metodo) e outro afastado de alguns metros, para dar ambiencia. Na maioria das vezes, entretanto, é preferivel uma sala "morta", ou seja acusticamente tratada para um baixo tempo de reverberacao, que pode ser acrescentada mais tarde.


Algumas dicas: peça ao musico para não se movimentar muito. Certos saxofonistas tem mania de "dancar" quando tocam, como se estivesse num show ao vivo. Pode dar certo no palco, mas no estúdio...    E tenha cuidado com possiveis interferencias do som das chaves durante a execucao. Talvez seja preciso uma ligeira lubrificacao antes.


* Processamento - saxofones sao instrumentos que se dao muito bem com processamento externo (reverb, delay, compressao, enhancer, etc.). Verifique no manual de seu processador de efeitos, deve existir algum preset de reverb com um sutil delay que irá dar mais vida ao sax. Veja que quanto mais rapido o andamento da musica, menor deve ser o tempo de reverberacao. Efeitos como enhancer, exciters, e coisas assim serao bem vindos, desde que não exagere. Lembre-se de que o controle mais importante nesses aparelhos se chama "bypass", e que o manual é um acessorio indispensavel.


* Na dinâmica, procure usar mais compressao em musicas mais pesadas, como funk, e menos nas baladas romanticas, que se beneficiam de uma dinamica maior (desde que o instrumentista saiba o que está fazendo). Ajuste seu compressor para ataque rapido e release medio (ou longo, em baladas). A taxa de compressao (sempre em soft knee) poderá variar de 3:1 a uns 6:1, para os saxofonistas mais "eufóricos". Use uma redução de ganho relativamente alta, até 10 dB, se seu compressor for de boa qualidade. Senão, evite passar de 6 dB. Se seu compressor tiver o modo automatico (Overeasy, RMS, ou como seu fabricante o chamar), experimente. Funciona melhor em determinadas peças, onde o musico precise executar frases complexas.


* Quanto à equalização, nem sempre é necessária, principalmente se usar bons microfones. Se quiser, pode experimentar variar um pouco as faixas entre 1 e 2 kHz (onde se situa o timbre "nasal" do instrumento) e entre 3 e 5 kHz (presença). Use o corte de graves no mic ou canal da mesa, para atenuar possiveis vazamentos de ruído no estúdio, exceto no caso de instrumentos maiores como sax tenor.



* Finalmente, na mixagem, evite a presenca de muitos instrumentos na mesma faixa de frequencias do sax quando este estiver atuando em solos. É comum o sax "brigar" com guitarras e pianos, por exemplo. Procure trabalhar no proprio arranjo da musica, ou se não for possível, no equilibrio entre canais e/ou equalização, no sentido de fazer com que outros instrumentos não incursionem muito pela faixa das frequências médias, durante os solos de sax, ou então que se alternem, dialogando entre si (muito comum no jazz).

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