terça-feira, 1 de junho de 2010

Conheça um pouco mais sobre a Flauta / Flautim

A flauta é um instrumento muito popular, usado desde a música clássica, passando pelo jazz, música tradicional, rock, etc. A flauta é usada em grupos de flautas, em grupos de instrumentos de sopro, em bandas filarmónicas, em grupos de jazz, música latina e grupos de rock. Outro aspecto interessante na flauta, é que com pouco mais de uma hora de estudo diário, estaremos aptos a tocar bastante. Existem muitos tipos de flauta, mas iremos falar sobre a flauta transversal moderna, para a diferenciar da flauta de bisel. Estudaremos ainda a flauta Boehm, que é outro nome pelo qual é conhecida a flauta moderna, depois do construtor alemão Theobald Boehm, ter feito a primeira em 1847. Outros nomes pelos quais é conhecida a flauta são: flauta em dó, flauta de concerto, ou flauta standard. Da família da flauta temos o flautim ou píccolo, mais pequeno que a flauta, portanto tendo um som mais agudo, e a flauta alto e flauta baixo, que são maiores e portanto têm som mais grave.
Uma rápida viagemcom todas as suas chaves, eixos e alavancas, a flauta parece um instrumento complicado, mas em realidade não é. Basicamente, a flauta é um tubo longo com buracos. Como a flauta tem mais buracos do que nós temos dedos, é por esta razão, que o instrumento possui chaves. Todo o conjunto de chaves e a maneira como funcionam, é que se chama de mecanismo. Usualmente a flauta é constituída por 3 partes: a cabeça, onde se encontra o buraco da embocadura, isto é, por onde se sopra, a junção média ou corpo, onde se encontram a maior parte das chaves, e o pé da flauta, onde usualmente se encontram 3 chaves para as notas mais graves, que são accionadas com o dedo mindinho da mão direita. Na cabeça junto ao buraco da embocadura, encontra-se uma espécie de prato onde o lábio inferior é pousado. Uma das extremidades desta parte é aberta, e a outra é fechada com uma peça que se chama coroa. De maneira a fechar todos os buracos temos as chaves com as sapatilhas, feitas de uma membrana fina, que taparão os buracos. Muitas flautas têm 13 chaves maiores e 3 mais pequenas. Quase todas elas estão abertas quando não se toca, mas 4 delas encontram-se fechadas. Estas chaves especiais são chamadas espátulas ou touches, como por exemplo a chave de sol# e ré#. Portanto usamos 16 chaves com 9 dedos. Isto é possível devido ao mecanismo da flauta. Em algumas flautas encontraremos 5 chaves com buracos no meio, abertos. Nestas chaves os dedos repousam, tocando as notas lá, sol, fá, mi e ré, tapando os buracos. Uma flauta com estas características, é chamada flauta com sistema francês. Uma flauta sem estes buracos, é chamada flauta de buracos fechados ou plateau. Para os principiantes será recomendável começar numa flauta de buracos fechados. De maneira a que as chaves levantem quando levantamos os dedos, existem as molas. Para a higiene do instrumento depois de tocar, cada flauta possui uma vara com uma ranhura numa das extremidades, onde se amarra um pequeno pano, passando este pelo interior do tubo do instrumento – (tipo um escovilhão). A nota mais grave numa flauta normal é o dó. Se repararmos na flauta, verificamos que as duas chaves da nota sol, estão ligeiramente desalinhadas das outras chaves. Esta configuração é conhecida como offset G. Se as chaves estiverem alinhadas, temos uma configuração in- line G. A extensão da flauta é de cerca de 3 oitavas.
Piccolos este instrumento tem metade do tamanho da flauta, o que a faz soar exactamente uma oitava superior. O mecanismo parece um pouco diferente, mas a mecânica é a mesma. O tubo deste instrumento é feito em madeira, plástico e metal. Tem duas partes: a cabeça e o corpo. Como não tem a parte inferior como na flauta, a nota mais grave é o ré. Todos os piccolos de metal e de plástico, têm cabeça de metal. Alguns instrumentos têm cabeça feita em madeira, sendo que neste caso não existe o prato de repouso do lábio. O mecanismo é um pouco diferente da flauta, pois existem chaves duplas. Outra diferença é a chave a menos perto da cabeça. A chave que falta é a chave auxiliar para o dó oitavado, que no piccolo é tocado directamente.
Flauta altoesta flauta é maior do que uma flauta em dó, soando mais grave uma 4ª abaixo – (quarta perfeita). Como esta flauta é maior, possui chaves desalinhadas, e a cabeça é curva, ficando com o mesmo comprimento que a flauta em dó, evitando problemas ao braço direito. Esta curva também é encontrada na flauta baixo. Este instrumento é transpositor. Por exemplo, se o instrumentista toca o som com a posição da nota dó da flauta em dó, soará uma 4ª inferior, isto é, soará a nota sol. Para facilitar a vida ao instrumentista, que teria que aprender diferentes digitações, para os diversos tipos de flauta, opta-se por escrever no papel as notas uma 4ª acima, no caso da flauta alto. Outra possibilidade, é o instrumentista fazer transposição à vista. Por soar um sol, quando digitamos a posição do dó, dizemos que a flauta alto é afinada em sol. A flauta baixo tem o dobro do comprimento da flauta em dó, soando uma oitava inferior. Neste caso e no caso do flautim –( piccolo ), consideram-se instrumentos não transpositores, embora oitavem à 8ª inferior e à oitava superior respectivamente. A flauta baixo é um instrumento caro, e além disso pesado. Para atenuar este peso, algumas flautas usam tubos em PVC.
Comprando uma flautaa diferença de preço entre as flautas, está no material em que são feitas, se têm banho de prata ou tubo em prata, se têm chaves de trilo extra, etc. É conveniente experimentar a flauta com alguém experiente, que poderá notar possíveis irregularidades no mecanismo, entoação, etc. Será sempre bom comprar o instrumento, num local onde haja oficina, pois é um instrumento de mecânica muito precisa, que poderá ser ajustada com alguma frequência.
Uma boa flautaQual é a diferença entre as flautas? Aparentemente quando olhamos várias flautas, não encontramos diferenças. Mas elas existem. A começar pelo material em que é feita, se tem configuração offset G ou in-line G, buracos abertos ou fechados, mecanismo extra para a nota mi. Portanto, podemos ver que existem em realidade muitas diferenças que têm influência na qualidade do instrumento. A Flauta está na família das madeiras, pois apesar de serem feitas em metal, inicialmente eram feitas em madeira. Ainda hoje, muitos instrumentistas, preferem as flautas em madeira do que as de metal. Uma flauta feita em prata maciça, terá uma melhor sonoridade do que uma flauta com banho em prata. Portanto, quanto mais prata, mais dinheiro é necessário gastar. Isto também se aplica não só ao tubo mas também ao mecanismo em si. As flautas feitas em prata maciça usam a liga Britannia ( 958/1000 ),ou liga 925/1000, sendo esta mais comum. Outro acabamento usado é o níquel, embora em muitos países não se use, pois causa alergias. Se o músico tiver uma transpiração muito ácida, pode optar por um instrumento com banho a ouro. Existem flautas feitas em ouro maciço, mas claro está, são instrumentos muito caros, embora a sua sonoridade seja melhor que uma flauta em prata ou prateada. Existem flautas em prata e ouro e até em metais mais raros como é o caso da platina. Ter em atenção nas flautas mais caras a indicação da espessura do material: 014, 016, 018 (centésimas de polegada) ou 0.35, 0.41, 0.46 milímetros.
As flautas em madeira conhecem um incremento no seu fabrico, não só por razões históricas, mas pela sua sonoridade mais suave, mais redonda e mais cálida. Começam a ver-se nas orquestras sinfónicas, muitos instrumentistas com flautas em madeira. Uma madeira usada é a grenadilha, que é uma madeira escura e dura. Pode haver a combinação de uma flauta com o corpo em metal e a cabeça em madeira.
Flautinsexistem flautins feitos em metal, madeira e plástico. Os que são feitos em madeira, também têm a cabeça feita deste material. Os outros têm cabeça em metal. As cabeças em madeira, não têm o apoio para o lábio, ao contrário das cabeças em metal, sendo a embocadura mais parecida com a flauta em dó. Por esta razão, são preferidos pelos flautistas. Da mesma forma que a flauta em dó, existem instrumentos prateados, ou em prata maciça. Como o flautim em metal tem um som mais estridente que os de madeira e plástico, muitos instrumentistas optam por esta segunda solução. Este instrumento é muito sensível às variações de temperatura, especialmente quando se toca ao ar livre. Os flautins em plásticos, são imunes às variações de temperatura e humidade, com uma sonoridade similar ao flautim em madeira, sendo preferido para actuações ao ar livre. Ainda têm a vantagem de serem mais baratos. Nomes conhecidos nos flautins em plástico, são ABS e Resotone. O tubo é cilíndrico, nos flautins feitos em metal, e nos outros é cónico, estreitando desde a cabeça até o à ponta do corpo. No entanto, alguns construtores também fazem flautins metálicos cónicos. A vantagem do tubo cónico é a facilidade de emissão do som na região aguda, mas na região grave é mais difícil de afinar. È reconhecido que este tipo de flautim, soa melhor em conjunto com outros instrumentos. Como é um instrumento pequeno e fino, possui na maior pare dos casos, um suporte para o dedo indicador da mão esquerda.

Mecanismoo mecanismo da flauta consiste numa série de chaves, molas, eixos, cortiças e pequenos componentes. Todo este mecanismo é conhecido como Action, Keywork ou Sistema de chaves. A flauta tem eixos compridos, que podem ser danificados com facilidade. Por exemplo, o eixo que apanha a chave de trilo do rè# agudo, acaba dentro da chave de trilo da nota ré na região grave. Por aqui se vê a interdependência das chaves. Outro nome para os eixos é rod-axels, axes ou steels. Muitas chaves estão acopladas a outras, como por exemplo quando se fecha a chave do ré ou mi, a chave do fá# também fecha Obviamente que estas chaves têm que fechar ao mesmo tempo. As chaves devem fechar completamente os buracos, não devem ser muito abertas nem muito fechadas. Também não podem ser muito leves nem muito pesadas. Enfim, como se pode constatar, o trabalho de regulação numa flauta é um processo muito importante, que tem que ser feito com muita calma. Muitos instrumentos possuem pequenos parafusos de regulação. Flautas mais caras, não possuem estes parafusos, sendo que a regulação nestes casos é mais demorada. Muitos construtores usam parafusos em estreitamento, ou parafusos com fio de nylon. Todos estes recursos, não influenciam a execução do músico. As molas são feitas em aço inoxidável, em ouro. Nos instrumentos mais baratos, são feitas de bronze fosforizado. Em algumas chaves, principalmente as chaves de trilo, estas têm calços, para evitar que abram em demasia. Estes calços são feitos em cortiça – (mais caros) e em neopropeno. Os eixos são pousados em pilares ou postes, que estão soldados sobre 2 , 3 ou mais tiras de metal que se chamam ribs ou straps .
Sapatilhasestas devem fechar perfeitamente os buracos, pois se uma delas não estiver bem fechada, inevitavelmente terá influência sobre a execução. Estas são feitas com cartolina, feltro, e pele muito fina, normalmente feita de intestino de vaca. A cor da sapatilha pode ser amarela, cinzento baço, e branca. Alguns construtores desenvolvem actualmente novos materiais tais como plástico em vez de feltro. Nos flautins usasse também sapatilhas de cortiça usadas mais nas notas sol# e ré#, pois acumulam mais saliva, e este material é mais resistente, embora produza mais ruído no batimento da chave na base de digitação.
Como foi dito anteriormente, existem configurações de flautas em G offset, que requer um eixo extra e in line G. Ainda existem instrumentos com buracos tapados nas chaves ou abertos. Todas estas configurações não apresentam diferenças no som do instrumento. O mecanismo de divisão da nota Mi é reconhecido pela existência de uma espécie de braço ao lado da nota Sol. Esta nota é fechada quando é tocada a nota Mi na região aguda, facilitando a sua emissão. Alguns flautistas não querem este mecanismo alegando que a sua influência é mínima, e porque é um dispositivo difícil de reparar.

Buracos abertos ou fechadosas cinco chaves que usam buracos abertos ou fechados, têm partidários para ambos os casos. No caso de a flauta ter buracos abertos (sistema francês), implica que o músico posicione os dedos exactamente no meio da chave para podertapar adequadamente o orifício. Isto não acontece com os buracos fechados. Alguns músicos acham que as flautas com buracos abertos têm uma qualidade sonora melhor, são mais atractivas visualmente, ou usam-nas simplesmente porque as flautas mais caras trazem este sistema. O sistema de buracos abertos permite fazer glissandos, multifónicos, notas de quarto de tom (entre o Dó e Dó# ) por exemplo. A marca alemã Eva Kingma fabrica instrumentos com 6 chaves extra, que embora se toque da mesma forma que numa flauta normal, possibilita uma série de recursos extra. Se um instrumentista quer comprar uma flauta com buracos abertos, mas ainda tem mãos pequenas, existem dispositivos que permitem tapar temporariamente os buracos. Estes dispositivos são feitos de cortiça, plástico e prata.
Chave extra da nota Si como se pode perceber, esta flauta tem uma nota extra, mas que é muito pouco usada, não sendo portanto um aspecto que deva entrar em consideração na hora de comprar um instrumento. Esta flauta é mais comprida cerca de 4 cms, tornando o instrumento mais pesado. Num aspecto há concordância, pois a flauta com a nota Si, permita a emissão da nota Dó na região agudíssima ( dó5 ) com maior facilidade. Inclusivamente, quando se emite esta nota, fechasse o Si através de um mecanismo chamado gizmo.
Flautas caras estas flautas oferecem pormenores de acabamento como por exemplo o French-style cup mas, que acabam numa ponta no meio da chave – pointed cup arms. As flautas caras têm nas chaves abertas, braços em forma de Y, aliás sendo esta configuração a única usada para chaves abertas. Numa flauta mais cara, a base de digitação é feita na continuação do tubo como um todo e não soldada no tubo, como acontece em flautas mais baratas. Pequenos rolos que permitem o deslizamento do dedo mindinho entre o Dó# e o Ré #, existindo 1, 2 ou nenhum destes rolos em flautas mais baratas. Outra chave extra que aparece, é a chave de trilo entre o Sol e o Lá que aparece na mão direita accionando duas chaves. Existem muitas mais chaves extra como a chave de trilo do Fá#, ou uma chave de trilo separada Si/Dó. Para terminar referir que alguns construtores fabricam flautas afinadas a 442, 444 ou 446 hertz, por exigência de algumas orquestras ou grupos de câmara.
A cabeçaesta parte da flauta influencia muito a sonoridade do instrumento. Existem cerca de 50 tipos diferentes de cabeças, dependendo das características sonoras que o instrumentista pretende. Se temos dinheiro bastante para gastar, podemos em ultima analise ir a um construtor e pedir a fabricação da cabeça com as características que queremos.
A coroa e a cortiça de vedação e afinaçãoa coroa fecha a cabeça na extremidade, e também ajuda a manter em posição correcta a cortiça de afinação. Esta cortiça parece uma rolha de garrafa de vinho com uma fina placa metálica nas suas extremidades. Estas são feitas de cortiça, material que está a ser substituído por outros, como o plástico, que não se degrada como a cortiça. De salientar que o material desta cortiça de afinação, não tem influência no som. Muitos alegam, que a coroa tem influência no som. Por esta razão, em instrumentos caros, esta pode ser feita de ouro. Outros consideram que a coroa não tem particular influência sobre o som. Apenas é referido o factor peso do material em que esta peça é construída. Em última análise, o que conta é a impressão que o músico tem na hora que experimenta uma flauta. Existem pormenores que podem influenciar a execução, como a posição das chaves do sol, o comprimento da chave do sol#, as peças rolantes posicionadas entre algumas chaves. Isto é perfeitamente plausível. A melhor maneira de verificar se o mecanismo funciona correctamente, é experimentar a mecânica sem soprar. De referir que existem extensões e adaptações personalizadas, como também acessórios úteis, como uma peça para o descanso do polegar da mão direita e o dedo indicador da mão esquerda. Algo a verificar com extremo cuidado, é a vedação das sapatilhas. Não pode haver qualquer fuga de ar. Fechando as chaves sem soprar, uma de cada vez, se a flauta estiver vedada, ouviremos uma espécie de pop, ao fechar cada chave. Mesmo fazendo este barulho característico, não quer significar a ausência de algum problema mecânico ou de vedação.
A afinaçãoneste particular assume protagonismo o músico. Um instrumento não é totalmente calibrado. Assim, notas como o ré#, mi e fá#, soam altas. Este problema pode ser minorado, fechando as chaves do fim do tubo. Por outro lado notas como o ré e o dó grave, tendem a soar baixas. A abertura das chaves tem realmente influência na afinação das notas. Se a chave estiver aberta demais, a nota soará alta e vice-versa. O instrumento tem que ser experimentado em toda a sua extensão. Para isso, um músico experiente é essencial para esta operação. Muitos músicos optam por tocar intervalos no registo médio, como intervalos de 4ª e 5ª. As 8ªs também são experimentadas com cuidado. Um afinador electrónico, será uma boa ferramenta para apurar o equilíbrio em termos de afinação do instrumento. No flautim, existe uma nota problemática, que é o si da região aguda, sendo esta nota muito difícil de afinar.
Como já foi dito anteriormente, na hora de comprar um instrumento, o melhor a fazer é levar alguém com experiência para testar o instrumento. Normalmente um músico experiente começa a sua análise tocando o mi na 2ª oitava, dando uma ideia da qualidade do instrumento. Na compra de um instrumento em 2ª mão, os cuidados têm que ser redobrados. Se o instrumento for de madeira, verificar cuidadosamente a existência de rachas.
Um pouco de históriavamos centrar a nossa atenção, ao provável nascimento da primeira flauta transversal, criada por um construtor francês depois do ano de 1680, acrescentando a primeira chave à flauta de 6 buracos. Esta chave correspondia ao ré#, que era accionado com o dedo mindinho da mão direita, como na flauta actual. Esta flauta recebeu o nome de traversa. Na primeira metade do século dezoito, foi escrita muita música para este instrumento, com compositores como Vivaldi, Telemann, e Quantz, a terem um papel importante. Por volta de 1760, foram feitas flautas com 4 chaves: ré#, fá, sol# e sib. Mais chaves foram sendo acrescentadas, até chegar a uma flauta de 9 chaves. A revolução chegou com o flautista e construtor alemão Theobald Boehm ( 1794-1881 ). Ele queria construir flautas que pudessem tocar em qualquer tom, aliado a um melhor som e afinação precisa. A solução encontrada foi uma flauta onde a posição dos buracos ocupavam sítios diferentes, e o sistema de chaves chegou a operar 16 buracos, com 9 dedos. Fabricou instrumentos com tubos cilíndricos e usou prata, por considerar que este metal melhorava a sonoridade geral do instrumento. O construtor italiano Briccialdi, acrescentou a chave de sib para o polegar da mão esquerda, recurso que também foi adoptado por Boehm posteriormente. Por esta razão, esta flauta é conhecida como Briccialdi B-flat lever. Basicamente a configuração tem-se mantido imutável desde à 150 anos, a despeito de terem sido acrescentadas chaves de trilo e mecanismos especiais. Existem actualmente experiências para a construção de novos modelos de flautas, baseado em conceitos novos, mas ainda é muito insípida a sua penetração no mercado.
A família a família é bastante extensa : temos as flautas as flautas de bisel, com toda a sua família, a flauta transversal, a flauta vertical. Como se pode ver a variedade é grande. De referir que a flauta faz parte da família dos instrumentos de sopro, merecendo papel importante em orquestras sinfónicas, bandas filarmónicas, grupos de música de câmara e peças solistas.
Como o instrumento é feitomuitos construtores fazem as flautas da mesma maneira como eram feitas à 100 anos. No entanto, a tecnologia está presente, através de máquinas de precisão controladas por computador, que fazem correcções de medidas extremamente pequenas, que seriam impossíveis de fazer à mão. Os materiais são já conhecidos: metal, madeira. Todas as afinações finais são feitas à mão, pois nada substitui a sensibilidade da pessoa que constrói o instrumento.

MarcasAlgumas das marcas mais conhecidas na fabricação de flautas, são as seguintes: Armstrong- 1931, empresa americana, Buffet Crampon- 1836, empresa francesa, Emerson, Gemeinhardt- 1948, empresa que trabalhou na Suiça e actualmente nos Estados Unidos, Júpiter, empresa de Taiwan, Pearl- 1960, empresa japonesa, Selmer, empresa francesa, mas com uma subsidiária americana que fabrica as flautas, Trevor James- 1970, empresa britânica, Yamaha- 1889, empresa japonesa. Existem outras marcas sem muita expressão, tais como: Amati, Hernals, Sun Haruno, Grassi, Orsi, Dixon, Monnig. Existem ainda marcas muito caras como por exemplo: as marcas japonesas Altus,Kotato$Fukushima, Mateki, Miyazawa, Muramatsu(primeiro fabricante japonês de flautas ), Sankyo e Takezawa. Fabricas alemãs tais como: Braun, Lederer, Hammig. As americanas : Burkart, Burkart-Phelan, Brannen, Haynes e Powell. A fábrica de flautins italiana Bulgeroni, também merece menção.