terça-feira, 1 de junho de 2010

Conheça um pouco mais sobre a Flauta / Flautim

A flauta é um instrumento muito popular, usado desde a música clássica, passando pelo jazz, música tradicional, rock, etc. A flauta é usada em grupos de flautas, em grupos de instrumentos de sopro, em bandas filarmónicas, em grupos de jazz, música latina e grupos de rock. Outro aspecto interessante na flauta, é que com pouco mais de uma hora de estudo diário, estaremos aptos a tocar bastante. Existem muitos tipos de flauta, mas iremos falar sobre a flauta transversal moderna, para a diferenciar da flauta de bisel. Estudaremos ainda a flauta Boehm, que é outro nome pelo qual é conhecida a flauta moderna, depois do construtor alemão Theobald Boehm, ter feito a primeira em 1847. Outros nomes pelos quais é conhecida a flauta são: flauta em dó, flauta de concerto, ou flauta standard. Da família da flauta temos o flautim ou píccolo, mais pequeno que a flauta, portanto tendo um som mais agudo, e a flauta alto e flauta baixo, que são maiores e portanto têm som mais grave.
Uma rápida viagemcom todas as suas chaves, eixos e alavancas, a flauta parece um instrumento complicado, mas em realidade não é. Basicamente, a flauta é um tubo longo com buracos. Como a flauta tem mais buracos do que nós temos dedos, é por esta razão, que o instrumento possui chaves. Todo o conjunto de chaves e a maneira como funcionam, é que se chama de mecanismo. Usualmente a flauta é constituída por 3 partes: a cabeça, onde se encontra o buraco da embocadura, isto é, por onde se sopra, a junção média ou corpo, onde se encontram a maior parte das chaves, e o pé da flauta, onde usualmente se encontram 3 chaves para as notas mais graves, que são accionadas com o dedo mindinho da mão direita. Na cabeça junto ao buraco da embocadura, encontra-se uma espécie de prato onde o lábio inferior é pousado. Uma das extremidades desta parte é aberta, e a outra é fechada com uma peça que se chama coroa. De maneira a fechar todos os buracos temos as chaves com as sapatilhas, feitas de uma membrana fina, que taparão os buracos. Muitas flautas têm 13 chaves maiores e 3 mais pequenas. Quase todas elas estão abertas quando não se toca, mas 4 delas encontram-se fechadas. Estas chaves especiais são chamadas espátulas ou touches, como por exemplo a chave de sol# e ré#. Portanto usamos 16 chaves com 9 dedos. Isto é possível devido ao mecanismo da flauta. Em algumas flautas encontraremos 5 chaves com buracos no meio, abertos. Nestas chaves os dedos repousam, tocando as notas lá, sol, fá, mi e ré, tapando os buracos. Uma flauta com estas características, é chamada flauta com sistema francês. Uma flauta sem estes buracos, é chamada flauta de buracos fechados ou plateau. Para os principiantes será recomendável começar numa flauta de buracos fechados. De maneira a que as chaves levantem quando levantamos os dedos, existem as molas. Para a higiene do instrumento depois de tocar, cada flauta possui uma vara com uma ranhura numa das extremidades, onde se amarra um pequeno pano, passando este pelo interior do tubo do instrumento – (tipo um escovilhão). A nota mais grave numa flauta normal é o dó. Se repararmos na flauta, verificamos que as duas chaves da nota sol, estão ligeiramente desalinhadas das outras chaves. Esta configuração é conhecida como offset G. Se as chaves estiverem alinhadas, temos uma configuração in- line G. A extensão da flauta é de cerca de 3 oitavas.
Piccolos este instrumento tem metade do tamanho da flauta, o que a faz soar exactamente uma oitava superior. O mecanismo parece um pouco diferente, mas a mecânica é a mesma. O tubo deste instrumento é feito em madeira, plástico e metal. Tem duas partes: a cabeça e o corpo. Como não tem a parte inferior como na flauta, a nota mais grave é o ré. Todos os piccolos de metal e de plástico, têm cabeça de metal. Alguns instrumentos têm cabeça feita em madeira, sendo que neste caso não existe o prato de repouso do lábio. O mecanismo é um pouco diferente da flauta, pois existem chaves duplas. Outra diferença é a chave a menos perto da cabeça. A chave que falta é a chave auxiliar para o dó oitavado, que no piccolo é tocado directamente.
Flauta altoesta flauta é maior do que uma flauta em dó, soando mais grave uma 4ª abaixo – (quarta perfeita). Como esta flauta é maior, possui chaves desalinhadas, e a cabeça é curva, ficando com o mesmo comprimento que a flauta em dó, evitando problemas ao braço direito. Esta curva também é encontrada na flauta baixo. Este instrumento é transpositor. Por exemplo, se o instrumentista toca o som com a posição da nota dó da flauta em dó, soará uma 4ª inferior, isto é, soará a nota sol. Para facilitar a vida ao instrumentista, que teria que aprender diferentes digitações, para os diversos tipos de flauta, opta-se por escrever no papel as notas uma 4ª acima, no caso da flauta alto. Outra possibilidade, é o instrumentista fazer transposição à vista. Por soar um sol, quando digitamos a posição do dó, dizemos que a flauta alto é afinada em sol. A flauta baixo tem o dobro do comprimento da flauta em dó, soando uma oitava inferior. Neste caso e no caso do flautim –( piccolo ), consideram-se instrumentos não transpositores, embora oitavem à 8ª inferior e à oitava superior respectivamente. A flauta baixo é um instrumento caro, e além disso pesado. Para atenuar este peso, algumas flautas usam tubos em PVC.
Comprando uma flautaa diferença de preço entre as flautas, está no material em que são feitas, se têm banho de prata ou tubo em prata, se têm chaves de trilo extra, etc. É conveniente experimentar a flauta com alguém experiente, que poderá notar possíveis irregularidades no mecanismo, entoação, etc. Será sempre bom comprar o instrumento, num local onde haja oficina, pois é um instrumento de mecânica muito precisa, que poderá ser ajustada com alguma frequência.
Uma boa flautaQual é a diferença entre as flautas? Aparentemente quando olhamos várias flautas, não encontramos diferenças. Mas elas existem. A começar pelo material em que é feita, se tem configuração offset G ou in-line G, buracos abertos ou fechados, mecanismo extra para a nota mi. Portanto, podemos ver que existem em realidade muitas diferenças que têm influência na qualidade do instrumento. A Flauta está na família das madeiras, pois apesar de serem feitas em metal, inicialmente eram feitas em madeira. Ainda hoje, muitos instrumentistas, preferem as flautas em madeira do que as de metal. Uma flauta feita em prata maciça, terá uma melhor sonoridade do que uma flauta com banho em prata. Portanto, quanto mais prata, mais dinheiro é necessário gastar. Isto também se aplica não só ao tubo mas também ao mecanismo em si. As flautas feitas em prata maciça usam a liga Britannia ( 958/1000 ),ou liga 925/1000, sendo esta mais comum. Outro acabamento usado é o níquel, embora em muitos países não se use, pois causa alergias. Se o músico tiver uma transpiração muito ácida, pode optar por um instrumento com banho a ouro. Existem flautas feitas em ouro maciço, mas claro está, são instrumentos muito caros, embora a sua sonoridade seja melhor que uma flauta em prata ou prateada. Existem flautas em prata e ouro e até em metais mais raros como é o caso da platina. Ter em atenção nas flautas mais caras a indicação da espessura do material: 014, 016, 018 (centésimas de polegada) ou 0.35, 0.41, 0.46 milímetros.
As flautas em madeira conhecem um incremento no seu fabrico, não só por razões históricas, mas pela sua sonoridade mais suave, mais redonda e mais cálida. Começam a ver-se nas orquestras sinfónicas, muitos instrumentistas com flautas em madeira. Uma madeira usada é a grenadilha, que é uma madeira escura e dura. Pode haver a combinação de uma flauta com o corpo em metal e a cabeça em madeira.
Flautinsexistem flautins feitos em metal, madeira e plástico. Os que são feitos em madeira, também têm a cabeça feita deste material. Os outros têm cabeça em metal. As cabeças em madeira, não têm o apoio para o lábio, ao contrário das cabeças em metal, sendo a embocadura mais parecida com a flauta em dó. Por esta razão, são preferidos pelos flautistas. Da mesma forma que a flauta em dó, existem instrumentos prateados, ou em prata maciça. Como o flautim em metal tem um som mais estridente que os de madeira e plástico, muitos instrumentistas optam por esta segunda solução. Este instrumento é muito sensível às variações de temperatura, especialmente quando se toca ao ar livre. Os flautins em plásticos, são imunes às variações de temperatura e humidade, com uma sonoridade similar ao flautim em madeira, sendo preferido para actuações ao ar livre. Ainda têm a vantagem de serem mais baratos. Nomes conhecidos nos flautins em plástico, são ABS e Resotone. O tubo é cilíndrico, nos flautins feitos em metal, e nos outros é cónico, estreitando desde a cabeça até o à ponta do corpo. No entanto, alguns construtores também fazem flautins metálicos cónicos. A vantagem do tubo cónico é a facilidade de emissão do som na região aguda, mas na região grave é mais difícil de afinar. È reconhecido que este tipo de flautim, soa melhor em conjunto com outros instrumentos. Como é um instrumento pequeno e fino, possui na maior pare dos casos, um suporte para o dedo indicador da mão esquerda.

Mecanismoo mecanismo da flauta consiste numa série de chaves, molas, eixos, cortiças e pequenos componentes. Todo este mecanismo é conhecido como Action, Keywork ou Sistema de chaves. A flauta tem eixos compridos, que podem ser danificados com facilidade. Por exemplo, o eixo que apanha a chave de trilo do rè# agudo, acaba dentro da chave de trilo da nota ré na região grave. Por aqui se vê a interdependência das chaves. Outro nome para os eixos é rod-axels, axes ou steels. Muitas chaves estão acopladas a outras, como por exemplo quando se fecha a chave do ré ou mi, a chave do fá# também fecha Obviamente que estas chaves têm que fechar ao mesmo tempo. As chaves devem fechar completamente os buracos, não devem ser muito abertas nem muito fechadas. Também não podem ser muito leves nem muito pesadas. Enfim, como se pode constatar, o trabalho de regulação numa flauta é um processo muito importante, que tem que ser feito com muita calma. Muitos instrumentos possuem pequenos parafusos de regulação. Flautas mais caras, não possuem estes parafusos, sendo que a regulação nestes casos é mais demorada. Muitos construtores usam parafusos em estreitamento, ou parafusos com fio de nylon. Todos estes recursos, não influenciam a execução do músico. As molas são feitas em aço inoxidável, em ouro. Nos instrumentos mais baratos, são feitas de bronze fosforizado. Em algumas chaves, principalmente as chaves de trilo, estas têm calços, para evitar que abram em demasia. Estes calços são feitos em cortiça – (mais caros) e em neopropeno. Os eixos são pousados em pilares ou postes, que estão soldados sobre 2 , 3 ou mais tiras de metal que se chamam ribs ou straps .
Sapatilhasestas devem fechar perfeitamente os buracos, pois se uma delas não estiver bem fechada, inevitavelmente terá influência sobre a execução. Estas são feitas com cartolina, feltro, e pele muito fina, normalmente feita de intestino de vaca. A cor da sapatilha pode ser amarela, cinzento baço, e branca. Alguns construtores desenvolvem actualmente novos materiais tais como plástico em vez de feltro. Nos flautins usasse também sapatilhas de cortiça usadas mais nas notas sol# e ré#, pois acumulam mais saliva, e este material é mais resistente, embora produza mais ruído no batimento da chave na base de digitação.
Como foi dito anteriormente, existem configurações de flautas em G offset, que requer um eixo extra e in line G. Ainda existem instrumentos com buracos tapados nas chaves ou abertos. Todas estas configurações não apresentam diferenças no som do instrumento. O mecanismo de divisão da nota Mi é reconhecido pela existência de uma espécie de braço ao lado da nota Sol. Esta nota é fechada quando é tocada a nota Mi na região aguda, facilitando a sua emissão. Alguns flautistas não querem este mecanismo alegando que a sua influência é mínima, e porque é um dispositivo difícil de reparar.

Buracos abertos ou fechadosas cinco chaves que usam buracos abertos ou fechados, têm partidários para ambos os casos. No caso de a flauta ter buracos abertos (sistema francês), implica que o músico posicione os dedos exactamente no meio da chave para podertapar adequadamente o orifício. Isto não acontece com os buracos fechados. Alguns músicos acham que as flautas com buracos abertos têm uma qualidade sonora melhor, são mais atractivas visualmente, ou usam-nas simplesmente porque as flautas mais caras trazem este sistema. O sistema de buracos abertos permite fazer glissandos, multifónicos, notas de quarto de tom (entre o Dó e Dó# ) por exemplo. A marca alemã Eva Kingma fabrica instrumentos com 6 chaves extra, que embora se toque da mesma forma que numa flauta normal, possibilita uma série de recursos extra. Se um instrumentista quer comprar uma flauta com buracos abertos, mas ainda tem mãos pequenas, existem dispositivos que permitem tapar temporariamente os buracos. Estes dispositivos são feitos de cortiça, plástico e prata.
Chave extra da nota Si como se pode perceber, esta flauta tem uma nota extra, mas que é muito pouco usada, não sendo portanto um aspecto que deva entrar em consideração na hora de comprar um instrumento. Esta flauta é mais comprida cerca de 4 cms, tornando o instrumento mais pesado. Num aspecto há concordância, pois a flauta com a nota Si, permita a emissão da nota Dó na região agudíssima ( dó5 ) com maior facilidade. Inclusivamente, quando se emite esta nota, fechasse o Si através de um mecanismo chamado gizmo.
Flautas caras estas flautas oferecem pormenores de acabamento como por exemplo o French-style cup mas, que acabam numa ponta no meio da chave – pointed cup arms. As flautas caras têm nas chaves abertas, braços em forma de Y, aliás sendo esta configuração a única usada para chaves abertas. Numa flauta mais cara, a base de digitação é feita na continuação do tubo como um todo e não soldada no tubo, como acontece em flautas mais baratas. Pequenos rolos que permitem o deslizamento do dedo mindinho entre o Dó# e o Ré #, existindo 1, 2 ou nenhum destes rolos em flautas mais baratas. Outra chave extra que aparece, é a chave de trilo entre o Sol e o Lá que aparece na mão direita accionando duas chaves. Existem muitas mais chaves extra como a chave de trilo do Fá#, ou uma chave de trilo separada Si/Dó. Para terminar referir que alguns construtores fabricam flautas afinadas a 442, 444 ou 446 hertz, por exigência de algumas orquestras ou grupos de câmara.
A cabeçaesta parte da flauta influencia muito a sonoridade do instrumento. Existem cerca de 50 tipos diferentes de cabeças, dependendo das características sonoras que o instrumentista pretende. Se temos dinheiro bastante para gastar, podemos em ultima analise ir a um construtor e pedir a fabricação da cabeça com as características que queremos.
A coroa e a cortiça de vedação e afinaçãoa coroa fecha a cabeça na extremidade, e também ajuda a manter em posição correcta a cortiça de afinação. Esta cortiça parece uma rolha de garrafa de vinho com uma fina placa metálica nas suas extremidades. Estas são feitas de cortiça, material que está a ser substituído por outros, como o plástico, que não se degrada como a cortiça. De salientar que o material desta cortiça de afinação, não tem influência no som. Muitos alegam, que a coroa tem influência no som. Por esta razão, em instrumentos caros, esta pode ser feita de ouro. Outros consideram que a coroa não tem particular influência sobre o som. Apenas é referido o factor peso do material em que esta peça é construída. Em última análise, o que conta é a impressão que o músico tem na hora que experimenta uma flauta. Existem pormenores que podem influenciar a execução, como a posição das chaves do sol, o comprimento da chave do sol#, as peças rolantes posicionadas entre algumas chaves. Isto é perfeitamente plausível. A melhor maneira de verificar se o mecanismo funciona correctamente, é experimentar a mecânica sem soprar. De referir que existem extensões e adaptações personalizadas, como também acessórios úteis, como uma peça para o descanso do polegar da mão direita e o dedo indicador da mão esquerda. Algo a verificar com extremo cuidado, é a vedação das sapatilhas. Não pode haver qualquer fuga de ar. Fechando as chaves sem soprar, uma de cada vez, se a flauta estiver vedada, ouviremos uma espécie de pop, ao fechar cada chave. Mesmo fazendo este barulho característico, não quer significar a ausência de algum problema mecânico ou de vedação.
A afinaçãoneste particular assume protagonismo o músico. Um instrumento não é totalmente calibrado. Assim, notas como o ré#, mi e fá#, soam altas. Este problema pode ser minorado, fechando as chaves do fim do tubo. Por outro lado notas como o ré e o dó grave, tendem a soar baixas. A abertura das chaves tem realmente influência na afinação das notas. Se a chave estiver aberta demais, a nota soará alta e vice-versa. O instrumento tem que ser experimentado em toda a sua extensão. Para isso, um músico experiente é essencial para esta operação. Muitos músicos optam por tocar intervalos no registo médio, como intervalos de 4ª e 5ª. As 8ªs também são experimentadas com cuidado. Um afinador electrónico, será uma boa ferramenta para apurar o equilíbrio em termos de afinação do instrumento. No flautim, existe uma nota problemática, que é o si da região aguda, sendo esta nota muito difícil de afinar.
Como já foi dito anteriormente, na hora de comprar um instrumento, o melhor a fazer é levar alguém com experiência para testar o instrumento. Normalmente um músico experiente começa a sua análise tocando o mi na 2ª oitava, dando uma ideia da qualidade do instrumento. Na compra de um instrumento em 2ª mão, os cuidados têm que ser redobrados. Se o instrumento for de madeira, verificar cuidadosamente a existência de rachas.
Um pouco de históriavamos centrar a nossa atenção, ao provável nascimento da primeira flauta transversal, criada por um construtor francês depois do ano de 1680, acrescentando a primeira chave à flauta de 6 buracos. Esta chave correspondia ao ré#, que era accionado com o dedo mindinho da mão direita, como na flauta actual. Esta flauta recebeu o nome de traversa. Na primeira metade do século dezoito, foi escrita muita música para este instrumento, com compositores como Vivaldi, Telemann, e Quantz, a terem um papel importante. Por volta de 1760, foram feitas flautas com 4 chaves: ré#, fá, sol# e sib. Mais chaves foram sendo acrescentadas, até chegar a uma flauta de 9 chaves. A revolução chegou com o flautista e construtor alemão Theobald Boehm ( 1794-1881 ). Ele queria construir flautas que pudessem tocar em qualquer tom, aliado a um melhor som e afinação precisa. A solução encontrada foi uma flauta onde a posição dos buracos ocupavam sítios diferentes, e o sistema de chaves chegou a operar 16 buracos, com 9 dedos. Fabricou instrumentos com tubos cilíndricos e usou prata, por considerar que este metal melhorava a sonoridade geral do instrumento. O construtor italiano Briccialdi, acrescentou a chave de sib para o polegar da mão esquerda, recurso que também foi adoptado por Boehm posteriormente. Por esta razão, esta flauta é conhecida como Briccialdi B-flat lever. Basicamente a configuração tem-se mantido imutável desde à 150 anos, a despeito de terem sido acrescentadas chaves de trilo e mecanismos especiais. Existem actualmente experiências para a construção de novos modelos de flautas, baseado em conceitos novos, mas ainda é muito insípida a sua penetração no mercado.
A família a família é bastante extensa : temos as flautas as flautas de bisel, com toda a sua família, a flauta transversal, a flauta vertical. Como se pode ver a variedade é grande. De referir que a flauta faz parte da família dos instrumentos de sopro, merecendo papel importante em orquestras sinfónicas, bandas filarmónicas, grupos de música de câmara e peças solistas.
Como o instrumento é feitomuitos construtores fazem as flautas da mesma maneira como eram feitas à 100 anos. No entanto, a tecnologia está presente, através de máquinas de precisão controladas por computador, que fazem correcções de medidas extremamente pequenas, que seriam impossíveis de fazer à mão. Os materiais são já conhecidos: metal, madeira. Todas as afinações finais são feitas à mão, pois nada substitui a sensibilidade da pessoa que constrói o instrumento.

MarcasAlgumas das marcas mais conhecidas na fabricação de flautas, são as seguintes: Armstrong- 1931, empresa americana, Buffet Crampon- 1836, empresa francesa, Emerson, Gemeinhardt- 1948, empresa que trabalhou na Suiça e actualmente nos Estados Unidos, Júpiter, empresa de Taiwan, Pearl- 1960, empresa japonesa, Selmer, empresa francesa, mas com uma subsidiária americana que fabrica as flautas, Trevor James- 1970, empresa britânica, Yamaha- 1889, empresa japonesa. Existem outras marcas sem muita expressão, tais como: Amati, Hernals, Sun Haruno, Grassi, Orsi, Dixon, Monnig. Existem ainda marcas muito caras como por exemplo: as marcas japonesas Altus,Kotato$Fukushima, Mateki, Miyazawa, Muramatsu(primeiro fabricante japonês de flautas ), Sankyo e Takezawa. Fabricas alemãs tais como: Braun, Lederer, Hammig. As americanas : Burkart, Burkart-Phelan, Brannen, Haynes e Powell. A fábrica de flautins italiana Bulgeroni, também merece menção.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Um site de música, tem que ter músicos! Um pouco de Arthur Maia!

À primeira vista, ele é o contrabaixista da banda de Gilberto Gil há mais de dez anos; aquele que começou a tocar baixo aos 15 anos e que, aos 17, acompanhava Luiz Melodia, depois passando por Ivan Lins e Marcio Montarroyos.

Mas basta uma conversa com Arthur Maia para notar as diversas "frentes de trabalho", como prefere chamar, nas quais atua. Como produtor musical, baixista, secretário de Turismo, Indústria e Comércio da cidade de Conceição de Macabu (município a 200 km de Niterói), coordenador do Niterói MusiFest Instrumental e criador do selo Cabeçadura Records, projetos não faltam na vida do carioca que adotou a cidade de Araribóia aos 14 anos.

No momento, o mais importante deles é a construção de um estúdio próprio, o QG, que reflete, na essência de seu nome, a intenção de um Arthur que pretende centralizar suas multifunções. "Não dá para viver sem um escritório". Assessoria de imprensa, computação gráfica e lutheria serão abrigadas pela construção há um ano e meio em obras, localizada em Piratininga, Niterói.

A idéia de um novo estúdio, já acalentada por Arthur, tomou força depois da morte de Marcos Heiser, seu sócio no Estúdio Arte. E quando lembra disso, seu olhar vai longe e lamenta a perda do amigo. Fora o momento triste, o artista intercala as muitas histórias de carreira com gargalhadas que misturam a habilidade de rir de si mesmo e a nostalgia quase inerente a um músico que está há tempos na estrada.

Contrabaixo foi "inevitável"


Baixista em show solo

"Precoce" seria um bom adjetivo se Arthur não fosse filho de pais íntimos do meio musical. O pai era autodidata e tocava violão (instrumento que ensinou a Luizão Maia). A mãe canta e até hoje faz participações especiais nos shows do filho. Além disso, o pequeno Maia ainda era sobrinho de Luizão, um dos maiores contrabaixistas brasileiros. Por isso, tocar bateria aos quatro anos de idade nunca soou estranho. Menos ainda, ganhar um baixo no aniversário de 15 anos. Aos poucos, Arthur percebeu que as baquetas foram uma ponte para o instrumento que seria definitivo. "Tanto a bateria quanto o baixo são instrumentos de pulsação."

Arthur admite buscar em seu trabalho esse swing, esse pulsar: "Gosto da swingada". Desde a infância ouvindo James Brown, aos dez anos foi a um show do artista. No repertório dos bailes do subúrbio carioca nos quais tocava, The Fevers, Devaneios, Brazilian Boys e Roupa Nova, entre outras bandas. Hoje, ouve Elis Regina, Seu Jorge, Sérgio Groove (baixista da cidade de natal) e Alexandre Cunha (baterista de Campinas).

Depois das suas apresentações com o grupo, disposição era o que não faltava. Para driblar a pouca idade, Arthur rabiscava um bigode postiço no rosto e aproveitava a noite. Em meio aos adultos, cresceu.

Começou com o músico Marcu Ribas. Aos 17 anos, já tocava com Luiz Melodia. Aos poucos, o curso de Composição e Regência na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ficava cada vez mais distante da carreira que Maia havia escolhido seguir. Apesar disso, foi na faculdade, justamente na carteira ao lado, onde encontrou um dos professores e amigos que fez durante a carreira. Através de Sérgio Benevento, mestre pela Universidade Berkelee, na Califórnia, o músico aprofundou-se no estudo do jazz. Durante cerca de dois anos, estudou de dez a 12 horas por dia, investindo naquilo que era prazer e se tornava profissão.

"As coisas aconteceram rápido. Sempre achei que iria morrer antes dos 40 anos". Em seus primeiros trabalhos, Artur conta que seu salário já era maior do que o do próprio pai. O primeiro carro veio antes mesmo de ter idade para tirar a carteira. Em sua primeira viagem como motorista, ligava de 100 em 100 km para casa, mandando notícias.

Participações em diversas bandas enriquecem estilo musical

Depois do período na faculdade, as "aulas" passaram a ser no palco. O envolvimento em vários projetos, como as bandas "Garage", "Banda de Lá", "Varanda", "Pulsar", "Egotrip", revela a necessidade de o músico buscar outros caminhos além daqueles que percorria integrando as bandas de Ivan Lins e Martinho da Vila. "Música sempre foi minha religião".

No grupo "Cama de Gato", o primeiro trabalho, "Som da Gente", vendeu 50 mil cópias, depois vieram mais cinco CDs. A banda "Black Rio" foi outro sucesso. Hoje, com uma formação diferente da original, terá Arthur Maia como convidado na gravação do próximo CD. A experiência em tocar com tantos músicos, traduziu-se em turnês pela África, EUA e Europa. Forró e reggae foram alguns dos ritmos aprendidos no trabalho de dez anos com Gilberto Gil.

Para o músico, o mercado da época investia mais na diversidade de artistas. Reflexo disso era a sua rotina de trabalho que costumava se estender das 9h até 3h da madrugada.

A força que movia Arthur a se envolver em novos projetos foi direcionada para um trabalho solo em 1991. Sem tempo e já com sua própria família, veio o CD "Maia". Através de um ato de confiança de Celso Ferraz, dono do estúdio no qual o trabalho foi gravado, Arthur venceu o principal empecilho à realização de um trabalho solo: o custo das horas em estúdio. O pagamento ao dono foi efetuado após a gravação de "Maia".

Modelo próprio de cordas e novo trabalho são os atuais projetos


Arthur Maia em show

Os tempos são outros. Com anos de carreira, hoje, Arthur é endorsee da Warick, há 12 anos, da Zoom, da Warm Music, há um ano, e da Santo Angelo. E é aqui que se revela mais uma "frente de trabalho" na qual ele atua. Além de tocar instrumentos, Maia gosta de adaptar suas ferramentas de trabalho. Como endorsee também da marca Solez, desenvolve um modelo próprio de cordas. O músico acredita que o mercado brasileiro é forte e possui personalidade própria.

Agora trabalha no seu novo disco, ainda sem nome. O CD, com lançamento previsto para meado de 2006, já conta com quatro faixas, gravadas entre Angola, Moçambique e Niterói, e a participação do guitarrista Scott Anderson. Também de Moçambique, é o grupo que será produzido por Arthur que produziu artistas em Portugal, Noruega e Holanda. São os frutos de mais de "vinte anos de contatos", como o próprio Maia se refere ao falar sobre as participações internacionais em seus CDs e as produções em outros países.

É com otimismo que Arthur vê o espaço reservado à música instrumental atualmente: "As pessoas começam a acreditar que dar opção de cultura [música instrumental] é mais gratificante que dar opções que já existem". Segundo ele, nos último quatro anos, houve uma melhora significativa nas oportunidades de apresentações. Em 2004, realizou 12 shows em diferentes regiões do país.
Os privilegiados ainda podem conferir Arthur tocar discretamente em um bar de um amigo perto de sua casa em Niterói. A "brincadeira" acontece todas as terças-feiras. As discretas apresentações já chamaram a atenção do dono do bar ao lado que fez convite para Arthur mudar de palco.

Clarinete para tocar Quartos de Tom

Este clarinete muito original foi construído especialmente para tocar músicas usando untervalos de quartos de tom. Usando dedilhados especiais, um clarinetista experiente consegue tocar esse tipo de intervalo num clarinete convencional. No entanto, esses dedilhados são desajeitados em passagens rápidas, e os resultados tendem a variar de um clarinete para outro. O construtor de instrumentos Fritz Schüller (1883-1977) de Markneukirchen, Alemanha, fez uma tentativa de criar um clarinete que superasse esses problemas. É feito de uma única boquilha conectada a dois tubos paralelos, sendo um ligeiramente mais longo que o outro; efetivamente são dois clarinetes afinados com um quarto de tom de diferença. Um conjunto de chaves controla simultaneamente os dois tubos, e uma válvula próxima à boquilha pode trocar rapidamente de um tubo a outro quando acionada por uma chave no polegar direito.
Músicas para clarinete de quartos de tom foram escritas por Alois Hába and Viktor Ullmann.

UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE O CLARINETE

Podemos buscar a origem do instrumento no antigo Egipto, onde tocavam um instrumento chamado memet, que tinha uma palheta cortada no próprio tubo. Este tipo de instrumento, é chamado de instrumento idioglótico. Outros instrumentos ancestrais, podem ser o aulos grego, o cuen kan chinês, o arghul árabe e o pibgorn galês. Todos estes instrumentos tinham palheta simples, e um ou dois tubos. O chalumeau, é outro instrumento de palheta simples, que segundo alguns investigadores, era tocado a 200 anos atrás, mas outros defendem que foi desenvolvido na Idade Média. A diferença mais importante entre o antigo chalumeau e os primeiros clarinetes, foi a chave de registo, que aumentou consideravelmente a extensão do instrumento, soando mais agudo, fazendo lembrar uma trompete. Desta similitude, nasceu o seu nome, pois deriva da palavra italiana para o trompete, clarino, que deu pequeno clarino, ou clarinetto. Admite-se que a invenção da chave de registo é da responsabilidade do alemão Johann Christian Denner, ou dos seus filhos, pois a primeira menção ao instrumento aparece em 1710, 3 anos depois da morte deste senhor. Por volta de 1800, o clarinete tem já 5 ou 6 chaves. Em 1812, o clarinetista Iwan Muller, construiu um clarinete com 13 chaves, suficiente para tocar em qualquer tonalidade com fluência. Também foi o primeiro a usar a virar a boquilha para baixo, e por conseguinte, a palheta em contacto com o lábio inferior, além de usar uma liga metálica para a construção de certas partes do instrumento. Meio século depois, Carl Barmann, adicionou mais 5 ou6 chaves, e 50 anos depois, Oskar Oehler usou o modelo de Barmann, para construir o seu próprio instrumento, que muitos clarinetistas profissionais alemães, ainda usam actualmente. Melhoramentos no clarinete de Muller, foram feitos na Bélgica por Eugène Albert, Adolfe Sax, que além de se ocupar com os clarinetes, inventou por volta de 1840, o sax-o-phone. Pela mesma altura, em França, Hyacinthe Klosé e Louis Auguste Buffet, trabalhavam iguakmente no clarinete. Aproveitaram algumas ideias de Theobal Boehm, inventor da flauta moderna, aplicando-as ao clarinete. De lá para cá, muito pouco mudou no instrumento.
A família do clarinete – consiste no imediato em pelo menos 13 instrumentos em diversas tonalidades. Este instrumento, aparece em vários tamanhos. O mais popular é o clarinete soprano em sib, seguido do clarinete soprano em lá. Existem também clarinetes soprano mais pequenos em dó, ré e mib. Como o clarinete em mib é bastante pequeno, normalmente, vem num corpo só, sem junção superior e inferior. Existem ainda clarinetes mais pequenos, encontrados em bandas na Europa, incluindo o clarinete sopranino em mi e láb. Todos os outros clarinetes soam mais grave. Um exemplo é o clarinete basset, que é na realidade um clarinete extra longo do clarinete soprano em lá. Isto significa que a nota mais grave é o dó em vez do mi. O famoso concerto para clarinete de Mozart, foi em realidade escrito para este instrumento, conhecido como clarinete Mozart. O clarinete em fá, é quase como o clarinete alto em mib. Existe ainda o clarinete contralto, que soa uma oitava abaixo do clarinete alto, e clarinete contrabaixo, que soa uma oitava inferior do clarinete baixo. Os clarinetes mais pequenos e os maiores que o clarinete soprano, são chamados colectivamente de clarinetes de harmonia, pois nas orquestras, são usados para fazer as harmonias que acompanham as melodias ou os solistas. Existem ainda clarinetes menos comuns, como por exemplo o clarinete soprano em metal afinado em sol, e usado na música turca e grega. Vários países e regiões possuem os seus próprios modelos de clarinetes. O importante a reter, é que todos são instrumentos de palheta simples, embora o seu número de chaves e buracos pode variar, como é o caso de um clarinete em madeira húngaro, chamado tárogató.
Instrumentos de sopro – o clarinete pertence à família das madeiras, como outros instrumentos que passaremos a referir seguidamente: o saxofone, que será o instrumento mais próximo do clarinete, em especial semelhanças na boquilha e na própria mecânica. A maior diferença entre os dois instrumentos, é que o saxofone é inteiramente cónico desde a boquilha à campânula. Se abrirmos o registo no saxofone, a nota soará uma oitava acima, ao contrário do clarinete, que quando se abre o registo, soará uma 12ª acima. Outro instrumento da família, é a flauta, que apresenta muitas semelhanças a nível do mecanismo, que como já foi dito, usa em ambos os casos o sistema Boehm, inventado para a flauta. Falamos agora do oboé e do fagote: tem tubo cónico como o saxofone, mas é feito em madeira como o clarinete. No entanto soa muito diferente, pois usa uma palheta dupla, onde o som é produzido, pela vibração das palhetas uma contra a outra.
Para terminar, é de referir que o clarinete comporta-se como um tubo fechado, o que em termos acústicos implica que ao accionar a chave de oitava, o som produzido vibrará 3 vezes mais rápido que o som sem o registo. Por outras palavras, o clarinete só produzirá harmónicos ímpares, ao contrário dos outros instrumentos que se comportam como tubos abertos, ou por terem tubos cónicos ou por serem abertos em ambas as extremidades.
Marcas – comparada com fabricantes de violinos e guitarras, o número de fabricantes de clarinetes é reduzida. As três empresas francesas Buffet-Crampon, Leblanc e Henri Selmer, são as que mais vendem no mundo. Yamaha, construtor japonês, é também uma marca importante a nível mundial.
Existem outras marcas que merecem menção: Amati – companhia chaca, Artley e Selmer dos Estados Unidos, Hanson do Reino Unido, as tailandesas Dixon e Júpiter , Orsi e Ripamonti da Itália, e a chinesa Lark. Estas marcas trabalham mais, na gama mais barata de clarinetes existentes no mercado. Por outro lado, existem pequenos fabricantes, que produzem instrumentos na gama mais cara, como por exemplo as britânicas Eaton e Howarth, a italiana Patricola e a Rossi do Chile, cujos produtos incluem clarinetes em sib fabricados sónuma peça. Existem os fabricantes alemães que fabricam exclusivamente com o sistema alemão como a Bernd Moosman, Richard Keilwerth, Arthur Uebel, Puchner, Schwenk & Seggelke, Schreiber que colabora com a Buffet Crampon e a Hammerschmidt, que também fabrica clarinetes austríacos. A marca alemã mais conhecida é a Herbert Wurlitzer, que fabrica clarinetes muito caros, mas que muitas orquestras de renome exigem que os seus músicos possuam instrumentos desta marca. 

Grupos e orquestras – o clarinete é um instrumento muito versátil, que se integra em bandas de instrumentos de sopro, bandas de salão, orquestras sinfónicas, grupos de música de câmara, emsembles só de clarinetes, concertos para solistas, grupos de jazz, música cigana, música folclórica, dixiland, etc.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Como escolher um Saxofone?

O sax sempre foi um instrumento elitizado. Um sonho de consumo que permitiria chegar a forma de expressão artística mais fascinantemente encantadora, além de ser extremamente charmoso, e por conseguinte, sinônimo de “status”. Os grandes fabricantes do início do séc. XX fizeram deste período o mais criativo, requintado e o mais importante da história na sua produção. Compunham uma miscelânia de obra de arte e jóia preciosa que ajudou a perpetuar o desejo insaciável por este instrumento.

A produção de saxofones é históricamente reconhecida e imortalizada pelos franceses com o SELMER, criando o mito à partir da década de 30 com o Balanced Action até a década de 70 com o Mark VII, passando por vários modelos e inovações mecânicas e ergonômicas. Anteriormente, com os americanos, CONN, BUESCHER, KING e MARTIN; posteriormente com os alemãs B&S e JULIUS KEILWERTH, e os japoneses YAMAHA e YANAGUISAWA.

Hoje, o mercado nacional é dominado pela Yamaha, líder absoluta na preferência dos jovens consumidores, por dispor todo seu “Know How” a favor de um excepcional aproveitamento didático. Seguida de perto pela JUPITER (Taiwan), ainda com muitos modelos e séries desconhecidos dos brasileiros, mas com excelentes resultados no mercado. Porém, quem realmente fez a diferença no nosso mercado (bem no início do século XXI) derrubando os preços, foi a febre invasora de instrumentos de sopro chineses, os pejorativamente chamados “CHING LING”, por não terem nenhum compromisso eminente com o alto padrão de qualidade exigida nos conservatórios e universidades, nem com as mínimas necessidades dos estudantes_ como boa sonoridade e projeção, afinação e ergonomia.

Então, dentro desta diversidade, como proceder para escolher o seu primeiro saxofone?

1. Decida o valor máximo do seu investimento_ Este número incidirá entre R$1.000,00 e R$5.000,00 aproximadamente, se for um sax alto (este é didáticamente aconselhável); os tenores e sopranos dentro de uma mesma marca e modelo, são mais caros e impõem um pouco mais de dificuldade aos seus estudos;

2. Escolha uma marca com o melhor histórico de aceitação_ Pesquise bastante, converse com profissionais e/ou estudantes experientes;

3. Faça uma compra racional_ Entenda que na compra de um sax dentro do que apresentam-lhes como sendo um “BOM CUSTO-BENEFÍCIO”, (que já virou lugar comum) a perda do seu investimento é instantânea e substancial;

4. Observe aspectos como:

4.1. A Regulagem

  • Ergonomia (Qual o sax mais confortável? Compare! Analise alturas de chaves, o peso das molas, a resposta mecânica e ângulo de abertura do todel);
  • Mecanismos com dois tempos, movimentos seccionados são frequêntes?
  • Existem degraus entre chaves (comuns entre: Dó3/Ré#3, Si4/Fá5 frontal e Sib2/Si2/Dó#3/Sol#3e4);
4.2. Vazamentos

No caso de instrumentos novos, podem ser causados por bocas amassadas, sapatilhas mal colocadas e qualquer chave, haste ou coluna fora de lugar, considere até falhas como campana torta, etc.

4.3. Sonoridade e Projeção

É importante ouvir o instrumento, avaliar seu timbre e como é lançado este som, qual o seu alcance; análogamente, projeta em IR (som direto de pouco alcance) ou como Bluetooth, uma projeção que envolve todo o ambiente?

4.4. Acabamento

Inclui uma análise dos pontos de solda, da ressistência estrutural e da cor do seu futuro instrumento. Podem ser laqueados, niquelados, dourados, prateados ou coloridos; prefira o que envolvem metais nobres, isto valoriza seu sax, sonora e monetáriamente.

4.5. Recursos

Refiro-me a opções de digitação que lhes proporcionarão mais conforto e principalmente mais velocidade; são estas, partes integrantes da grande maioria das linhas de produção: o Fà Sustenido da 3a. oitava (F#5), o Fá frontal (F5_ localiza-se ligeiramente acima da chave do Si3/Si4), Si Benol na mão esquerda (Sib LH), Sol Sustenido articulado (este pode ser acionado também por qualquer outra chave_ B2, Bb2 e C#3_ que compõe um conjunto de mecanismos chamado mesa.

A aquisição de um saxofone deve ser orientada, mais pela razão do que simplesmente pelo calor da emoção no momento da escolha do seu primeiro instrumento.

- Pareço gélido e sem coração ao transmitir-lhes isso, mas pense no seu futuro como instrumentista, você merece o melhor desde o início de sua carreira; e definitivamente você não tem que tocar o suficiente para adquirir o sax do seu sonho, ele é quem te conduzirá ao sucesso!

Origem das notas musicais

 Ut queant laxis              Para que possam
 REsonare fibris              ressoar as maravilhas
 MIra gestorum              de teus feitos
 FAmuli tuorum              Com largos cantos
 SOLve polluti                apaga os erros
 LAbii reatum                 Dos lábios manchados
 Sancte Ioannes.            Ó São João.



O hino o qual deu início a esta seção, escrito pelo monge Guido d'Arezzo (995 - 1050), é o responsável pelo surgimento dos nomes das notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, as quais hoje se tem conhecimento. D’Arezzo nomeou as notas conforme as sílabas emdestaque, como se pode ver no hino a São João Batista. Pode-se notar que a primeirasílaba, “Ut”, não se assemelha a nenhuma das notas musicais citadas anteriormente.
Porém, esta é a equivalente a nota “Dó”. Não se sabe muito bem o motivo de se batizar a primeira nota de Dó. Existem, porém, historiadores que definem a hipótese desta nota ter sido rebatizada em homenagem a Giovanni Baptista Doni (devido à primeira sílaba de seu sobrenome), por ter proposto dó, em vez de Ut, para melhor soar o hino a São João Batista.
Entretanto, as notas musicais ainda recebem algumas variações. A cada uma pode ser acrescentado o símbolo “b” (bemol) ou “#” (sustenido), tendo como resultado uma diminuição ou aumento de tonalidade (freqüência), respectivamente. Desse modo, em vez de uma escala de apenas sete notas, dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, pode-se ter a escala:

dó, dó#, réb, ré, ré#, mib, mi, mi#, fáb, fá, fá#, solb, sol, sol#, láb, lá, lá#, sib, si, si#, dób,

chamada escala natural.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Como comprar seu primeiro violão - Dica Mundomax

Uma boa parte das pessoas sabem fazer um ou dois acordes no violão, umas porque começaram o aprendizado e desistiram por achar muito difícil e outras porque aprenderam somente estes acordes e nunca buscaram um aprofundamento. E um dos grandes problemas disso acontecer, é o próprio violão.
Escolher o violão é o começo de tudo para quem quer aprender a tocar este belo instrumento ou quer ver seu filho tocando na banda da escola. A compra de um instrumento adequado influi diretamente no aprendizado. Nós da Mundomax vamos deixar para você um guia simples para você não errar na hora de escolher seu primeiro violão.
Vamos separar este artigo em três tipos de iniciantes da música: Os pais que querem um violão para o filho(a), quem quer comprar um violão só para aprender e tocar num churrasco e quem quer um violão para aprender e aprimorar técnicas ou montar uma banda. 

Os pais que querem um violão para o filho(a)

Hoje há muitos violões encostados pelos cantos das casas, porque certamente foram comprados errados. Um violão para uma criança tem que atender a alguns quesitos básicos: tem que ser macio, leve e bonito.
Tem que ser macio para que a criança não desanime no aprendizado, o indicado é sempre violões com cordas de nylon, porque evita que a criança machuque os dedos. Ele deve ser leve para que seu filho não se canse ao praticar as suas primeiras notas. E bonito para atrair a criança ao instrumento.
Se a criança tiver menos de 7 anos, um violão infantil como o RX205 da ROZINI cabe muito bem, porque ele é pequeno, macio e possui um som gostoso. Porém se o seu filho já for maior, nada de comprar violões infantis. É bom comprar um violão acústico no modelo clássico, para que quando seu filho cresça e queira um violão melhor, não sinta diferença no peso e nas cordas.
AC39 213x300 Como comprar seu primeiro violãoUm violão popular que a Mundomax indica é o AC-39 MEMPHIS by TAGIMA, um violão bonito nas cores preto e natural e cordas de nylon, o que o torna um violão macio, além disso ele é muito leve. Este violão também é recomendado pela maioria das escolas de música, principalmente pela sua ótima relação custo x benefício.
A dica que fica da Mundomax para você que é pai ou mãe, é que você estimule seu filho(a) desde cedo, desde os cinco anos se possível, com a musicalização, com músicas que alegrem a criança. A música só traz benefícios.

Quem quer comprar um violão para aprender e tocar em churrascos

Um dos maiores motivos que as pessoas se esforçam para aprender violão e não outros instrumentos, é a praticidade de tocá-lo a qualquer hora e qualquer música. Em churrascos, na roda de amigos, na escola, na igreja… enfim são muitas as possibilidades.
A mundomax indica para você violões com cordas de nylon, porque além de facilitar o seu aprendizado, ele não vai machucar seus dedos quando você tocar horas a fio com seus amigos. Aqui você vai precisar de um violão com boa ressonância e caixa acústica.
yamaha c45Os violões da Di Giorgio e o GCX15 da GIannini são perfeitos. Porque além de serem de marcas conceituadas no mercado, são violões com grande capacidade sonora. Com eles você poderá impressionar seus amigos a cada música nova.

Quem quer um violão bom para aprender e aprimorar técnicas ou montar uma banda

Aqui é para quem quer um violão com um pouco mais de recursos. Pessoas que buscam um violão não só para aprender, mas para aprimorar suas técnicas.
O que você precisa é de um violão macio que facilite seu aprendizado e um violão de confiança que não lhe decepcione na hora de fazer uma apresentação, seja em um ensaio, na igreja, em um show na escola, ou mesmo na caixa de som de sua casa.
dallas 167x300 Como comprar seu primeiro violãoO Vegas Tuner da TAGIMA é ideal para você. Primeiro porque é de cordas de nylon e segundo porque ele é elétrico, ou seja, prontinho para você plugá-lo em uma caixa ou mesa de som. E um fator interessante é que você não vai precisar gastar com afinador, pois o Vegas Tuner TAGIMA vem com um embutido.
Com cordas de aço a Mundomax indica o Dallas Tuner da TAGIMA, que é um violão excelente, porém, com cordas de aço. Um violão com cordas de aço é ideal para tocar plugado, com um som brilhante e com peso nas cordas graves.
O primeiro violão é sempre inesquecível, e se durante o aprendizado você tiver alguma dificuldade, lembre-se que quem aprende a criar música com as próprias mãos, nunca se arrepende de ter penado uma pouco para aprender a tocar este belo instrumento que é o violão.
Kit Primeiro ViolãoPensando nisso a Mundomax criou para você o Kit Primeiro Violão, clique na imagem ao lado para ver como funciona este kit especial.
Enfim, a Mundomax deseja a você uma boa compra de seu primeiro violão, e seguindo nossas dicas você não vai se arrepender. Em nosso site você encontra muitos outros violões de diversas marcas, clique aqui e confira

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Elementos do Jazz


Muito já se escreveu sobre a dificuldade de se definir o jazz. Uma corrente de pensamento afirma que o jazz não é o que se toca, mas sim como se toca. De qualquer modo, pode-se afirmar com certa confiança que dois elementos são absolutamente necessários numa performance de jazz: o swing e a improvisação.

Nenhuma apresentação ou gravação de jazz está completa se não contiver algum trecho improvisado. Uma peça de jazz 100% escrita e fixada na partitura é uma contradição - o que, diga-se de passagem, indica que peças como a "Suíte para Flauta e Piano de Jazz", de Claude Bolling, embora muito agradáveis de se ouvir, não são propriamente jazz. Fazer jazz significa assumir um risco - o risco de se confrontar com o silêncio e preenchê-lo com um discurso inédito e próprio, o risco de ser um "compositor instantâneo", como dizia Charles Mingus.

O conceito de improvisação, em si, não apresenta grandes dificuldades para ser entendido, embora exija anos e anos de dedicação para ser posto em prática. Trata-se de tecer - em tempo real, no exato momento em que se está tocando - variações em torno de algo que serve de base: a linha de uma canção que serve de tema, uma sequência de acordes, alguns intervalos melódicos, uma tonalidade.

As variações têm uma longa tradição na música clássica ocidental: grandes compositores escreveram ciclos de variações, explorando até o limite o potencial de seus temas. Na Renascença já era habitual tomar como tema uma canção popular e fazer variações sobre ela. Isto era chamado na Inglaterra de divisions on grounds e na Espanha de diferencias sobre bajos ostinados. Os instrumentistas, que freqüentemente eram também compositores, competiam entre si, cada um tentando sobrepujar os rivais em virtuosismo e engenhosidade.

Assim como as variações, a improvisação não é uma invenção moderna. Bach era um improvisador de mão-cheia (e improvisava fugas, sendo que a fuga é a forma mais estruturada e complexa de toda a música!). Se Bach tivesse nascido no século XX, sem dúvida seria um jazzman... Na Renascença já havia o costume de se apresentar peças de caráter improvisatório e de forma totalmente livre, denominadas fancies (em inglês) ou fantasias (em espanhol), nas quais o executante dava largas à sua imaginação. Muitas dessas fantasias e coleções de variações foram registradas em partitura, e assim podemos reviver e apreciar, depois de séculos, ainda que sem a espontaneidade do momento, as "jam sessions" de outrora.

Definir o swing é algo muito mais difícil. Trata-se de algo que engloba o fraseado, o ritmo, o ataque das notas. O swing não se escreve numa partitura, por mais detalhada e precisa que seja a sua notação. A definição dada por André Francis, em seu livro Jazz, é bastante interessante: "tocar com swing, swingar, significa trazer à execução de uma peça um certo estado rítmico que determine a sobreposição de uma tensão e de um relaxamento". Esta é a dialética do swing, por assim dizer: dar flexibilidade a um ritmo, dar "balanço" a uma frase, e contudo manter a precisão, preservar o foco da música, evitando que ela perca o caráter incisivo.

Podemos usar uma analogia sugerida por Charles Mingus para caracterizar o swing: vamos partir de uma música na qual os tempos estão precisamente definidos. Em seguida delimitamos um "halo", uma pequena região ao redor da posição original de cada nota: a nota, agora, pode cair em qualquer ponto dessa região, a critério do executante. A música como um todo, portanto, oscila caprichosamente dentro dessas regiões de "incerteza". É importante que o âmbito dessas pequenas regiões não ultrapasse aquele ponto no qual o ritmo deixa de ser swingado para se tornar impreciso. Como se determina esse ponto? Os bons músicos de jazz têm uma intuição desenvolvida a tal ponto que mantêm esse jogo de precisão e imprecisão perfeitamente sob controle, o tempo todo - e o resultado, todos nós conhecemos: o deleite de escutar uma interpretação cheia de swing.

Saxofone: 12 super dicas - por André Paganelli



DICA 1

Sempre que terminar de tocar, limpe bem o seu instrumento. É bom para ele e é bom também para a sua saúde e higiene. Se por acaso não der para limpá-lo todo, limpe, pelo menos, a boquilha e a palheta do saxofone. A limpeza pode ser feita simplesmente com uma flanela, pedaço de pano ou mesmo com uma fralda (limpa!). Lave e desinfete periodicamente sua boquilha com água, detergente e álcool.

DICA 2

Cuidado ao transportar seu instrumento nos estojos portáteis de couro, tecido, materiais sintéticos, etc. Fica mais leve, mais fácil de transportar e também fica muito mais vulnerável, sujeito a pancadas, amassaduras e poderá empenar as chaves, provocando pequenos, ou até grandes vazamentos.

DICA 3

Se você quiser reduzir o volume do som do seu instrumento ao estudar em sua residência, abra a porta do guarda-roupa e toque voltado para dentro. Mas sem retirar as roupas, pois estas reduzem consideravelmente o volume. No início é um pouco estranho, mas depois você se acostuma. Coisa de louco não é?

DICA 4

Nunca deixe de fazer notas longas. Elas melhoram seu som e, o que é importante, o mantêm. Também conserva a resistência da coluna de ar diafragmática.

DICA 5

Para exercitar o diafragma e melhorar seu sopro, coloque um guardanapo de papel na parede na altura de sua boca, sopre em direção a ele e não o deixe cair. Faça este exercício em torno de 5 minutos. Não mais que isso.

DICA 6

Sabe como é que se consegue ter uma leitura rápida e dinâmica?
- Ter habilidade técnica mínima compatível com a peça preterida;
- Concentração;
- Realizar uma leitura global sem o instrumento em toda a música, detectar os pontos mais "difíceis" e entendê-la em sua forma, voltas e repetições;
- Ler sempre um compasso à frente. Há músicos que lêem mais de um;
- Ter calma, muita calma.

DICA 7

Antes de comprar o instrumento desejado faça uma pesquisa, pois os preços poderão variar em até 50%. Dê uma andada nas lojas ou telefone. Consulte a lista telefônica, a central de informações da telefônica de sua cidade, amigos, etc. Se for comprar um instrumento usado, preste bastante atenção nos detalhes, mesmo que pequenos. Não se detenha na aparência. Teste-o antes, se não estiver bom, não compre. Continue procurando pois você, certamente, encontrará um bom instrumento e por um preço satisfatório.

DICA 8

Para decorar uma música é preciso primeiro entendê-la. Escute-a, mesmo que você esteja tocando. Cantá-la antes de tocar é bom e aperfeiçoa a afinação e ritmo.

DICA 10

Está difícil tocar aquela escala, música ou um trecho dela? É fácil, bem fácil. Toque-a devagar (bem devagar) acompanhando a batida do metrônomo e vá subindo (o marcador do metrônomo) de dois em dois pontos. Você, certamente, conseguirá.

DICA 11

Tenha sempre anotado em algum lugar o número e o modelo do seu instrumento. Em caso de furto ou roubo isto será essencial para identifica-lo após feito o boletim de ocorrência em uma delegacia. Tire cópias e entregue em todas as lojas de reparos e usados que conhecer. Ore, e aguarde,. A sua parte está feita! Os.: Isso já funcionou comigo!

DICA 12

Se você é aquele que prepara suas palhetas com cortes e lixa, tenha sempre em seu estojo uma palheta reserva preparada de igual modo. Nunca se sabe quando a número pode quebrar!

André Paganelli

A origem das notas musicais

Guido DArezzo (995 — 1050) foi um monge italiano e regente do coro da Catedral de Arezzo (Toscana).

Foi o criador da pauta musical e batizou as notas musicais com os nomes que conhecemos hoje: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si, baseando-se em um texto sagrado em latim, cantado pelas crianças do coral para que São João os protegesse da rouquidão:

UTqueant laxis
REsonare fibris
MIra gestorum
FAmuli tuorum
SOLve polluti
LAbi reatum
SANcte Ioannes
Que significa:

"Para que nós, teus servos,
possamos elogiar claramente
o milagre e a força dos teus atos,
absolve nossos lábios impuros, São João"

O sistema de Guido dArezzo sofreu algumas pequenas transformações no decorrer do tempo: a nota Ut passou a ser chamada de dó e a nota San passou a ser chamada de si(por serem as inicias em latim de São João, Sancte Ioannes), enquanto que a pauta ganhou linhas e espaços a mais, embora sua essência continue a mesma.

Algumas dicas aos músicos


1- O músico precisa aprender a se "mixar" no grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto musical.

2- Todo músico deve treinar prática de conjunto se quiser amadurecer mais rapidamente.

3- A teoria musical é fundamentalmente necessária, mas entre a teoria e a prática há uma distância que poucos querem percorrer.

4- "Um bom médico não é aquele que receita um remédio sem saber o que está fazendo. Um bom músico não é aquele que toca sem saber o que faz".

5- Autodidata - Há um engano no uso deste termo, pois há muitos analfabetos musicais dizendo-se autodidatas (uma desculpa para a preguiça), autodidata é aquele que estuda sem um professor, mas estuda.

6- Uns falam antes de tocar algo, outros tocam antes de falar algo. Eis a diferença entre "músicos" e músicos.

7- O músico deve aprender a conduzir uma música como ela é e não como ele acha que deve ser. Isto é maturidade.

8- Há músicas em que o metrônomo só serve para o primeiro compasso, porque necessitam de uma interpretação flexível.

9- A pulsação rítmica bem como o andamento são para serem sentidos e não ouvidos. Este princípio é para todos, mas fundamental para bateristas e percursionistas.

10- Acompanhar um cântico é antes de tudo uma prática de humildade e sensibilidade. Nas igrejas, geralmente, os músicos querem mostrar toda a sua técnica em hora errada. O correto é usar poucas notas, não saturar a harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o baterista conduzir. Ou seja, economize informações musicais!

11- Há uma tendência atual de supervalorizar a velocidade do músico, quantas notas ele executa por tempo. Velocidade não é sinônimo de bom músico. O bom músico é aquele que tem a sensibilidade de fazer a coisa certa na hora certa. A velocidade é uma consequência.

12- A técnica deve ser estudada e sempre aprimorada, mas lembre-se de que é um meio de facilitar a execução da música e não um meio de exibicionismo.

13- Uma boa maneira de aprimorar a interpretação é aprender primeiro a se ouvir, depois executar. Tem gente que canta e toca e não sabe o que está fazendo; acostume então a gravar o que é executado e seja autocrítico, estude, grave e ouça o que estudou; com o tempo você encontrará a forma ideal para a sua execução.

14- Lembre-se: pausa também é música, portanto, "não sole na pausa".

15- A música possui três elementos básicos: harmonia, melodia e ritmo. Procure distribuir os instrumentos musicais no arranjo conforme estes elementos. Há instrumentos harmônicos e melódicos, há somente melódicos, há rítmicos e instrumentos que fazem os três, mas defina no ensaio ou arranjo, quais serão os devidos "papéis" para cada instrumento.

16- A escolha do tom de uma música depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e confortável para ela. Mesmo que o tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista ele deve executá-lo. Outra observação é que o tom pode influenciar na soronidade da música vocal com acompanhamento. O problema é que muitos confundem. Na música instrumental, a técnica e a expressão são mais exigidos porque as notas devem transmitir algo. Na música onde há o canto, a ênfase é para a mensagem, portanto, não deve ser interferida por outros elementos.

17- Versatilidade - Procure ser o mais possível. Saiba ouvir vários estilos, do erudito ao moderno, ouça com ouvido crítico e analítico. Saiba ouvir. Extraia coisas boas de cada estilo. Outro detalhe, é o músico não ficar "preso" somente ao seu instrumento, saiba apreciar a forma de execução como sonoridade e fraseado de outros instrumentos.

Como posso registrar minha obra musical? E o nome da minha banda?


O ECAD – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição é uma sociedade civil, de caráter privado, organizado por associações de compositores, músicos, intérpretes e demais titulares, que tem por finalidade arrecadar e distribuir os direitos autorais decorrentes da execução pública das obras musicais, lítero-musicais e de fonogramas.

Portanto, o ECAD não é o órgão responsável nem pelo registro de obras musicais, nem pelo o registro de nome de bandas. Existem entidades específicas para estes casos.

Para registrar sua música, procure a Escola Nacional de Música ou o EDA – Escritório de Direito Autoral, órgão da Fundação Biblioteca Nacional (www.bn.br/eda), responsável pelo registro de obras intelectuais. Este registro permite o reconhecimento da autoria, especifica os direitos morais e patrimoniais e estabelece prazos de proteção tanto para o titular quanto para os seus sucessores.

Informamos que, mesmo com o advento da nova Lei 9.610/98, os arts. 18 e 19 da Lei Autoral anterior (Lei nº 5.988/73) continuam em vigor, dispondo que o registro das obras é facultativo e que a proteção dos direitos autorais independe do respectivo registro.

Quanto ao nome da banda, o registro deverá ser realizado junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, podendo ser feita uma busca prévia pelo nome escolhido. Mais informações poderão ser obtidas no site www.inpi.org.br.

Dicas para Músicos - Violino

Confira algumas técnicas usadas ao se tocar violino.
Pizzicato
Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam - de vez em quando beliscam as cordas, o que é chamado de "pizzicato" (pronuncia-se pitzi-cato). Raramente o pizzicato se estende pela melodia inteira, mas no balé Sylvia o compositor francês Delibes escreveu um movimento inteiro em que todos os instrumentos de corda deixam de lado seus arcos para tocar a famosa Polka-Pizzicato. Quando lêem na partitura a palavra "arco", os executantes interrompem o pizzicato e voltam a usar o arco.

Tocando com surdina
Fixando-se um grampo de madeira sobre o cavalete do violino, reduz-se a força das vibrações que alcançam a caixa de ressonância. Isso funciona com uma surdina, ou abafador de som. Violinos em surdina soam muito distantes e delicados. Os compositores usam os termos italianos "con sordini" (com surdina) e "senza sordini" (sem surdina).

Sul ponticello
Expressão italiana que significa "na pontezinha". Em partitura para violino, indica que o violinista deve passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre agudo, de arranhudura.

Col legno
O excitante começo de "Marte, o Mensageiro da Guerra", da suíte de Holst Os Planetas, apresenta as cordas soando com um curioso efeito estalado. É o que se chama col legno - "com a madeira". O arco é seguro de lado, de tal maneira que cada nota tocada a madeira do arco bata na corda.

Vibrato
Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas. O dedo da mão esquerda que prende a corda oscila levemente, causando uma flutuação no tom e enriquecendo o som. O vibrato é usado sobretudo em notas longas. Alguns violinistas preferem não usá-lo quando tocam músicas muito antigas.

Corda dupla
"Corda dupla" significa tocar duas notas de uma só vez. Alguns compositores pedem acordes de três e até quatro notas, mas no violino não é possível tocar simultaneamente mais do que duas notas.

Harmônicos
São notas suaves, semelhantes às da flauta, produzidas pelo toque muito leve sobre a corda (sem pressionar a nota) e a delicada passagem do arco. São usadas com mais freqüência na música moderna.


Glissando
A palavra indica ao executante que deve escorregar o dedo sobre a corda, de uma nota a outra (o que permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos). Os glissandos aparecem quase exclusivamente nas músicas do século XX.
Os instrumentos como o violino dependem da vibração das cordas para emitir som. As cordas vibram quando o arco passa por elas, mas produzem muito pouco som, que só fica suficientemente forte para ser ouvido quando as vibrações passam pelo cavalete para o corpo oco, ou caixa de ressonância do instrumento.
Os ouvidos ou ff são os orifícios que ajudam as vibrações geradas no corpo do instrumento a atingir o espaço externo e finalmente nossos ouvidos, onde se convertem em som.

sábado, 7 de novembro de 2009

Simulador de corte de cabelo | mp3


Virtual Barbershop significa barbeiro virtual, e é uma animação em flash que utiliza um método de gravação de ruídos diferente para simular uma ida ao salão de beleza. Você precisa usar fones de ouvido para experimentar, e, se possível, fechar os olhos. Do começo ao fim, o que você escuta vai te envolvendo de uma maneira tal que é muito difícil separar a ficção da realidade. O barulho das tesouras "cortando" o seu cabelo quase te faz sentir os fios caindo enquanto são aparados. É realmente impressionante.

Para conseguir esse efeito, foram usados dois microfones para gravar o áudio, ao invéz de apenas um. Esses dois microfones são posicionados em uma cabeça de manequim no mesmo lugar em que ficam as nossas orelhas. Desse modo, o cérebro interpreta o que escuta como se o barulho fosse relativo à algo real, e manda a informação sobre o posicionamento do objeto o qual escutou. É por isso que a experiência é tão envolvente.


PS: O áudio é em inglês.

Clique Aqui!

Extraindo o áudio dos videos do Youtube!!


Agora,....... agora não! Faz tempo que esta novidade está no ar! Muitas pessoas acham muitas músicas incríveis no youtube, mas quando querem salvar não conseguem. Se enrolam para tirar o áudio, este site traz a solução deste pequeno problema. Acesse http://www.vidtomp3.com/ e veja como é fácil. Logo abaixo da pagina tem um espaço para colocar o caminho do video do youtube, é simples assim, basta colar o endereço no espaço destinado para colocar a URL: "o endereço" e click em download, espere carregar. Faça download do audio sem o video. Aproveitem!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009